Cinema que faz ver, cinema como fábrica de visões
O Cinema Nômade é um movimento que investe no pensamento crítico e criativo, na multiplicação dos pontos de vista de práticas culturais diversas e na descentralização de posturas e conhecimentos, e se materializa por meio de exibições de filmes pré-selecionados, cujas temáticas destacam e problematizam os modos da sociedade produzir desejo, subjetividade, corpo e conhecimento. Após a exibição do filme, o debate tem como objetivo oferecer aos participantes um meio vivo de criação de idéias acerca do modo de viver contemporâneo.
O objetivo do projeto é levar o público a descobrir o que separa o pensamento da capacidade própria de apreender e utilizar as forças criativas que existem em todos nós. A sociedade atual passa por uma crise de criatividade, que por vezes a obriga a responder com reformas precárias aos problemas da miséria, exclusão, violência e decadência de valores, sem transpor as causas desses males. Daí a importância de criarmos dispositivos para reabrir um campo crítico e criativo de percepção e uso das sensações.
A exibição do filme é precedida de uma análise. A projeção, que é feita de forma descontínua, é intercalada com análise e conversação acerca de cada fragmento do filme. Este formato oferece uma fruição em forma de aula, um aprendizado sobre a construção da obra, possibilitando vencer, gradualmente, através de questões localizadas, as dificuldades mesmo das obras mais complexas, ricas em pensamentos e sensações que ultrapassam o senso comum. Esse procedimento conta com a participação ativa da plateia.
Filmes exibidos no projeto:
- Kiriku e a Feiticeira, de Michel Ocelot
- Raul – O Início, o Fim e o Meio, de Walter Carvalho
- O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha
- Estamira, de Marcos Prado
- Lixo Extraordinário, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley
- O Criado, de Joseph Losey
- Solaris, de Andrei Tarkovski
- O Enigma de Kaspar Hauser, de Werner Herzog
- Paris, Texas, de Wim Wenders
- O Processo, de Orson Welles
- Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando Carvalho
- Amor a Flor da Pele, de Wong Kar-Way
- Teorema, de Pier Paolo Pasolini
- Meu Tio da America, de Alain Resnais
- O Passageiro, de Michelangelo Antonioni
- O Céu Que Nos Protege, de Bernardo Bertolucci
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