terça-feira , 26 novembro 2024
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Antonin Artaud

Antoine Marie Joseph Artaud, conhecido como Antonin Artaud (Marselha, 4 de setembro de 1896 — Paris em 4 de março de 1948) foi um poeta, ator, escritor, dramaturgo, roteirista e diretor de teatro francês de aspirações anarquistas. Ligado fortemente ao surrealismo, foi expulso do movimento por ser contrário a filiação ao partido comunista. Sua obra O Teatro e seu Duplo é um dos principais escritos sobre a arte do teatro no século XX, referência de grandes diretores como Peter Brook, Jerzy Grotowski e Eugenio Barba. Seus restos mortais se encontram no Cimetiere de Marseille, França. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)

Artaud – O homem-árvore

O tempo em que o homem era uma árvore sem órgãos nem função, mas de vontade, e árvore de vontade que anda, voltará. Existiu, e voltará. Porque a grande mentira foi fazer do homem um organismo, ingestão, assimilação, incubação, excreção, o que existia criou toda uma ordem de funções latentes e que escapam ao domínio da vontade decisora, a vontade que em cada instante decide de si; porque assim era a árvore humana que anda, uma vontade que decide a cada instante de si, sem funções ocultas, subjacentes, que o inconsciente rege.

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Artaud – O Teatro E Seu Duplo

Nunca como neste momento, quando é a própria vida que se vai, se falou tanto em civilização e cultura. E há um estranho paralelismo entre esse esboroamento generalizado da vida que está na base da desmoralização atual e a preocupação com uma cultura que nunca coincidiu com a vida e que é feita para reger a vida.

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Artaud – Para acabar com o julgamento de Deus

E lá embaixo, no pé da encosta amarga, cruelmente desesperada do coração, abre-se o círculo das seis cruzes bem lá embaixo como se incrustada na terra amarga, desincrustada do imundo abraço da mãe que baba. A terra do carvão negro é o único lugar úmido nessa fenda de rocha. Rito é o novo sol passar através de sete pontos antes de explodir no orifício da terra. Há seis homens um para cada sol e um sétimo homem que é o sol cru vestido de negro e carne viva.

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